São Paulo, terça-feira, 28 de novembro de 1995
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Venezuela terá crise bancária

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O ajuste macroeconômico a ser feito na Venezuela em 96 obrigará os bancos fracos a fechar, disse ontem o presidente do Banco Venezuelano de Créditos, Oscar García Mendoza.
As quebras seriam motivadas pela liberação das taxas de juros e câmbio e pela queda da inflação, hoje em 51,1% ao ano.
Para García, o cliente deve ser alertado do risco de investir num banco que oferece rendimentos muito elevados. Ele não quis citar nomes de bancos venezuelanos com problemas de liquidez.
Garcia acha necessária a possibilidade de o banco que está mal quebrar. "Senão, ele sempre terá respaldo do governo."
Déficit
Estudo divulgado ontem pela Veneconsultores prevê que o déficit fiscal venezuelano fechará 95 em 11,5% do PIB (Produto Interno Bruto). Segundo cifras oficiais, o déficit vale hoje 7,5% do PIB.
Se o governo aplicar ajustes estruturais imediatamente, o déficit se reduzirá a 6,62% do PIB até o fim de 95 e a 3% em 96, calcula a consultoria.
Ontem, petroleiros recusaram oferta salarial da estatal Petroleos de Venezuela e ameaçaram iniciar greve por tempo indeterminado a partir de sábado.

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