São Paulo, quarta-feira, 29 de novembro de 1995
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Oposição acusa fraude no Egito

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Cerca de 21 milhões de egípcios devem ir hoje às urnas eleger um novo Parlamento. Oposição e ativistas de direitos humanos acusam o governo de proporcionar um clima antidemocrático no país.
O presidente Hosni Mubarak e seus ministros, durante a campanha, prometeram que a votação seria livre e honesta.
Mas centenas de cabos eleitorais e fiscais da oposição foram presos, e o governo não permitiu a presença de observadores internacionais.
Mubarak também não apresentou plano para deter a inclusão de votos fraudulentos nas urnas, como ocorreu em eleições passadas.
O grupo Human Rights Watch disse que a política do governo Mubarak "tem minado os direitos humanos e colocado em dúvida o compromisso de respeitar as normas democráticas".
A Suprema Corte Eleitoral rejeitou o pedido da oposição para cancelar o registro eleitoral de 13.518 egípcios de uma cidade próxima ao Cairo (capital do país), onde um ministro de Mubarak é candidato.
A oposição disse que este caso, em que milhares egípcios se registraram há menos de um mês, é "a ponta do iceberg do problema.
"Candidatos de oposição não puderam usar alto-falantes nem discursar para grupos com mais de cinco pessoas durante a campanha", disse o Human Rights.
Os eleitores, porém, acreditam que o pleito será honesto. "A votação será limpa, terá oposição", disse Marzouk Hassan, que trabalha em uma rádio estatal do Egito.
O Partido Nacional Democrático (PND, de Mubarak) disputa com outros 12 e milhares de candidatos independentes as 444 cadeiras do Parlamento. A oposição boicotou a eleição de 1990, quando o PND elegeu 419 deputados.

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