São Paulo, quarta-feira, 29 de novembro de 1995![]() |
![]() |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Privatização indireta A venda de ativos é a solução natural para qualquer empresa ou entidade cujos rendimentos sejam insuficientes para honrar seus compromissos. Desde os governos Quércia e Fleury, o Estado de São Paulo tem-se mostrado incapaz de pagar até mesmo os juros de sua dívida com o Banespa. Assim, parece acertado o rumo das negociações entre o Executivo federal e o governo de São Paulo. Apesar das dúvidas a respeito do acordo ainda em curso, desenha-se a possibilidade de que a reforma patrimonial do Estado de São Paulo finalmente comece a avançar. Ainda que o governo paulista esteja resistindo à desejável privatização do Banespa, a disposição de transferir a Fepasa (Ferrovia Paulista S.A.), o terreno do aeroporto de Congonhas e ações ao governo federal indica, ao menos, que a dívida do Estado não será pura e simplesmente encampada pela União. A federalização da Fepasa permite incluí-la no programa de privatização da Rede Ferroviária Federal. Através da venda ou abertura de concessão para a exploração de ativos cedidos pelo Estado de São Paulo, a União pode refazer-se, pelo menos em parte, dos empréstimos que o Banco Central já fez ao Banespa, e cujo prazo se pretende alongar, com juros mais baixos. De todo modo, protelar a solução para as dívidas estaduais não interessa a qualquer esfera de governo. Trata-se, afinal, de um impasse cujo custo é medido em bilhões de reais ao ano. Resta agora passar das intenções aos fatos. Texto Anterior: A caminhada "Reage, Rio" Próximo Texto: Realismo tarifário Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |