São Paulo, quinta-feira, 30 de novembro de 1995
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Eleições no Egito têm saldo de 4 mortes, 33 feridos e 2.000 prisões

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Incidentes violentos, prisões e denúncias de irregularidades marcaram as eleições legislativas realizadas ontem no Egito.
Pelo menos quatro pessoas morreram e outras 33 ficaram feridas durante confrontos entre simpatizantes da oposição e do governo em várias Províncias.
Cabos eleitorais da oposição foram impedidos de entrar em diversos locais de votação, cerca de 2.000 simpatizantes muçulmanos foram detidos, e algumas urnas não estavam vazias quando o pleito começou, às 8h (4h de Brasília).
Autoridades do Ministério do Interior, que haviam prometido que a eleição seria honesta, se recusaram a fazer qualquer comentário sobre a violência.
A oposição acusou o Partido Nacional Democrata (PND), do presidente Hosni Mubarak, de colocar votos fraudados nas urnas de cidades perto do Cairo, a capital.
Um centro de supervisão eleitoral independente disse ter recebido 500 queixas de irregularidades.
O pleito foi encerrado às 17h locais (13h de Brasília). Segundo o governo, 21 milhões de egípcios deveriam ir às urnas, mas nenhuma previsão havia sido divulgada.
Por causa do grande número de candidatos -3.890, segundo o governo- para as 444 cadeiras do Parlamento, pode ser necessário um segundo turno, caso ocorra empate entre os mais votados.
O PND, que controla três quartos do Parlamento desde 1978, é o grande favorito. Em segundo deve ficar a Corrente Islâmica, liderada pelo grupo opositor ao governo Irmandade Muçulmana.

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