São Paulo, quinta-feira, 30 de novembro de 1995
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Margarita lubrifica o orgulho mexicano

GUILHERME BUSCH
DO ENVIADO ESPECIAL A CANCÚN

Nenhum brasileiro volta de Cancún sem saber dançar a macarena e sem ter tomado pelo menos uma dúzia de margaritas.
Basta olhar duas ou três vezes para entrar na fila e começar a se mexer. Jovens, crianças e até pessoas idosas acabam tentando.
A margarita, drinque típico mexicano feito à base de tequila, limão, gelo e sal, está em todo lugar. No hotel, nos bares, nos restaurantes, nas lojas, nos barcos e até no café da manhã.
O mexicano sente orgulho em servir margaritas e tequila. É como se fosse uma espécie de patrimônio nacional.
Nos bares, há copos de meio litro (sim, meio litro) de margarita. A bebida acompanha as refeições. Há locais em que o café da manhã tem a margarita como opção.
A administração do parque de Xcaret proíbe a entrada de protetores solares e bronzeadores no local. Alega que os produtos podem afetar o meio ambiente e obriga o visitante a deixá-los na portaria.
O parque fica a pouco mais de uma hora de ônibus de Cancún, em direção ao sul. É privado e foi bastante afetado pelo furacão.
Obras de reparo vão custar cerca de US$ 3 milhões. O parque ficou cinco dias fechado após o furacão. Entre suas atrações se destacam os golfinhos e o rio subterrâneo.
O visitante pode, pagando algo em torno de US$ 30, nadar com os golfinhos e até tirar fotografias. Pode também "navegar em um rio subterrâneo de cerca de 500 metros de extensão.
A água do rio é gelada e o visitante passa por lugares escuros em uma espécie de túnel, com profundidade variando entre 1 metro e 3 metros, curvas e pequenas entradas misteriosas.
É aconselhável escolher horários pouco movimentados. "Congestionamentos" são comuns e desagradáveis. As outras atrações são o borboletário, o aquário, a criação de tartarugas e o espetáculo "Voladores de Papantla".
Nela, cinco homens sobem em uma torre de madeira a uma altura de 35 metros e descem, pendurados por cordas, em movimentos circulares de cabeça para baixo.

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