São Paulo, sexta-feira, 1 de dezembro de 1995 |
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Sabatina provoca bate-boca no Senado ACM faz critica exposição de Itamar LUCIO VAZ
Em sessão secreta que durou duas horas, o nome de Itamar foi aprovado por unanimidade, com 14 votos favoráveis. Seu nome terá agora de ser submetido ao plenário. Após ouvir o depoimento de Itamar e as intervenções de todos os senadores, o presidente da Comissão, Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA), afirmou que havia falhas no relatório apresentado pelo ex-presidente. Disse que Itamar não fez referências ao processo de "fujimorização" do Peru (implantação de uma ditadura por meio de um "golpe branco", onde o presidente assume o poder absoluto com o apoio dos militares) e à guerra entre Peru e Equador. Ex-líder do governo Itamar no Senado, Simon pediu a palavra para responder. ACM disse que não seria possível porque ele já estava encerrando a sessão. Simon protestou aos gritos. O presidente respondeu no mesmo tom. "Não admito. Cale-se, senador", disse ACM, segundo relato de outros senadores. "Não me calo", respondeu Simon, ao mesmo tempo em que partia em direção ao presidente da Comissão. Foi contido por outros senadores. Os dois envolvidos na discussão não quiseram fazer comentários sobre o fato, alegando que se tratava de uma sessão secreta. Na sabatina, Itamar fez um relato sobre a sua atuação como embaixador de Portugal e sobre o futuro trabalho junto à OEA. Sobre a possível reintegração de Cuba à OEA, disse que defende a posição do governo brasileiro. Itamar teve melhor acolhida no Salão Azul do Senado. Identificado por um grupo de 90 estudantes de Castelândia (GO), entre 16 e 18 anos, teve que dar dezenas de autógrafos e foi beijado por mais de 40 meninas. Texto Anterior: Itamar responsabiliza militares por contrato Próximo Texto: Supercomissão inicia agora "fase técnica" Índice |
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