São Paulo, sábado, 2 de dezembro de 1995
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IOF encarece o crediário

DA REDAÇÃO

As recentes medidas do governo deixaram inalterado um dos principais fatores de encarecimento do crediário no Brasil, o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
O IOF das operações com pessoas físicas é de 15% ao ano, mas, na prática, segundo o consultor financeiro José Dutra Vieira Sobrinho, o impacto do tributo no custo dos financiamentos é maior.
Como o pagamento do IOF é antecipado, explica, seu custo efetivo é maior. Salta de 15% para a faixa de 35% a mais de 40% ao ano, conforme o prazo e os juros.
Num crediário de seis prestações, por exemplo, o juro de 8% ao mês passa para 10,63% só por conta do imposto.
Se o financiamento for de 12 meses, ao mesmo juro de 8% ao mês, o consumidor acaba pagando 11,28% também por causa do IOF.
A redução desse imposto, afirma Dutra, aliviaria bem mais o custo do crédito a pessoas físicas do que o fim do compulsório de 5%, a partir de janeiro.
O compulsório representa cerca de 0,5% ao mês. Se o IOF caísse de 15% para 3% ao ano, calcula Dutra, o custo de 10,63% ao mês num crediário de seis meses cairia para 8,50%. Num plano de 12 meses, o juro final de 11,28% baixaria para 8,59% ao mês.

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