São Paulo, sábado, 2 de dezembro de 1995
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Escolhido se opôs à aliança

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Em 1982, durante a campanha socialista ao Parlamento espanhol, o recém-indicado secretário-geral da Otan, Javier Solana Madariaga, pregava que o país não entrasse na aliança.
"Somos totalmente contrários à entrada da Espanha na Otan", disse à revista "Tiempo" na época.
Solana, 53, fez parte do primeiro governo socialista espanhol em 1982, como ministro da Cultura.
Ele deixou sua cadeira como professor de Física na Universidade de Madri para assumir o cargo. Desde então, não deixou o governo do premiê Felipe González.
Três anos mais tarde, Solana tornou-se o porta-voz do governo. Ele deixou o cargo em 1988 para se tornar ministro da Educação.
Quatro anos mais tarde, Solana foi indicado por González ministro das Relações Exteriores da Espanha, depois da morte de Francisco Fernández Ordóñez.
Em 1986, Solana, ainda contrariado com o apoio da maioria do governo espanhol à entrada na Otan, decidiu também apoiá-la.
Vindo de família rica, o chanceler ingressou no Partido Socialista Operário Espanhol em 1964, quando o partido ainda era proibido pelo ditador Franco. Foi expulso mais de uma vez da Universidade de Madri por atividades contra o ditador.
Depois, completou seus estudos de Física entre 1966 e 1971 nos Estados Unidos.
Solana era visto por alguns como possível sucessor de González na liderança do governo espanhol a partir de março de 1996. Ele faz parte da ala mais moderada do partido, mas tem boa aceitação entre os esquerdistas.
Solana recebeu o respeito de seus colegas europeus por coordenar a Presidência da União Européia, com a Espanha desde 1º de julho.

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