São Paulo, segunda-feira, 4 de dezembro de 1995
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Ex-ministro quer outras mudanças

DA REPORTAGEM LOCAL

"O controle externo não é chá de boldo para resolver todos os males da magistratura."
Com a afirmação, o advogado Saulo Ramos abriu caminho para defender mudanças que, a seu ver, são mais eficazes para resolver os problemas do Judiciário.
Entre as mudanças, o advogado cita a instituição de súmulas vinculantes, desde que aprovadas por maioria expressiva (quatro quintos) dos integrantes dos tribunais superiores.
Saulo Ramos se declarou contrário ao controle externo e favorável à tese de controle interno defendida pelo ministro Carlos Mário Velloso.
Sua única crítica em relação à proposta do presidente do TSE atingiu a indicação de um membro da OAB para integrar o Conselho Superior da Magistratura.
"A OAB não tem nada o que fazer no conselho", afirmou o advogado.
Saulo defendeu o controle interno vertical, mas criticou a ausência de mecanismos de punição.
"As atuais atribuições da Constituição para poderes correcionais dos tribunais são mínimas."
Em sua opinião, a Constituição de 88 deu autonomia ao Judiciário, mas não estabeleceu algumas regras de responsabilidade, o que deveria ser feito agora.
Apesar disso, o ex-ministro do governo Sarney observou que, na prática, o Judiciário é o mais fiscalizado dos poderes.
"Ele está sujeito a questionamentos dos advogados das partes envolvidas e do Ministério Público", afirmou.

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