São Paulo, terça-feira, 5 de dezembro de 1995
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Carne de cervo vira produto de exportação

ESPECIAL PARA A FOLHA

A Nova Zelândia ficou conhecida por sua "criação criativa" e pela geração de raças mais adaptadas aos objetivos de produção e características de cada região.
Exemplo disso é a domesticação de cabras e cervos selvagens, auxiliada pelos recursos da aviação agrícola, que trouxe à mesa novos tipos de carnes.
Atualmente, cerca de 1,3 milhão de cabras e 780 mil cervos são criados em todo o país.
Entre os novos negócios gerados está a comercialização do "venison" (carne de veado).
A "carne vermelha dos anos 90", como foi chamada ao virar moda em Nova York, trouxe dividendos ao país, maior produtor e exportador mundial do produto.
O produto logo ganhou reconhecimento no mercado, a ponto da marca "Cervena Brand", um emblema da indústria de cervídeos na Nova Zelândia, receber o certificado ISO 9002 de qualidade.
Outra curiosidade é o aproveitamento dos chifres de cervídeos, moles e flexíveis quando curtos, conhecidos como "deer velvet" (veludo).
O seu pó é vendido como afrodisíaco para os países asiáticos, mercado que rende anualmente cerca de US$ 39 milhões.
O primeiro homem a resgatar um cervo vivo nas montanhas (por via aérea) com finalidade comercial virou uma das estrelas da agropecuária neozelandesa.
Tim Wallis, hoje proprietário do "Alpine Deer Group Ltd." e da "Alpine Helicopters Ltd.", tornou-se um dos homens mais ricos do país.
Seu produto de maior sucesso é o sistema para captura, criação e beneficiamento de cervos.
Portátil e modular, o sistema foi batizado de "Alpine Capture System". Wallis diz que o sucesso do seu sistema de resgate dos animais está no fato de ser simples, sem ser cruel com os animais.
O kit é composto por cercas provisórias apoiadas em estacas e pode ser montado em três horas.

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