São Paulo, terça-feira, 5 de dezembro de 1995
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Condicionador de ar precisa ser usado a cada semana

HENRIQUE SKUJIS
DA REPORTAGEM LOCAL

Ligar o ar-condicionado 15 minutos por semana é a melhor maneira de fazer a manutenção do sistema.
"Faça frio ou calor, o ar-condicionado deve ser ligado semanalmente", afirma Osmir Lobão Pinheiros, técnico da Santana Friocar.
Se desligado por longos períodos, o aparelho tende a perder a eficiência. O funcionamento regular do sistema faz o óleo lubrificante circular e evita o ressecamento das mangueiras e de outros componentes.
"O mesmo acontece com o gás do ar-condicionado", afirma Donizete Alonso, técnico da York Ar. Segundo Alonso, o gás evapora naturalmente pelo selo de vedação do eixo e "a circulação é um modo de diminuir essa evaporação".
Mas o funcionamento semanal não é tudo. A alta temperatura do motor e a trepidação excessiva também podem avariar o sistema. "Mesmo ligando o aparelho semanalmente, é necessário revisá-lo a cada seis meses", adverte Welington Ivan de Souza, proprietário da Auto Frio.
Além disso, o óleo lubrificante pode vazar e, com o tempo, perder a viscosidade, sendo necessária sua troca.
Anualmente é aconselhável verificar o funcionamento do compressor e do filtro secador, além de checar se o sistema não perdeu muito gás, através das mangueiras ressecadas.
Se não ocorrer nenhum vazamento, o gás do ar-condicionado pode durar até 3 anos.
Uma carga do gás freon, o CFC (clorofluorcarbono), custa em média R$ 60. Esse gás é nocivo ao ambiente, porque destrói a camada de ozônio, que filtra os raios solares.
Os carros nacionais mais novos -fabricados a partir de 94- e os modelos importados usam o chamado "gás ecológico" -o R134-A. A carga desse gás sai entre R$ 100 e R$ 170.
Para os mais "verdinhos", Donizete Alonso, da York Ar, garante que é possível adaptar o sistema com o gás ecológico para carros mais antigos.
"É necessário trocar vários componentes do sistema", diz Alonso. O processo, chamado retrofit, custa R$ 850.
Check-up
A maioria das lojas especializadas faz o check-up gratuitamente. Mas se qualquer componente do sistema estiver danificado, a conta vai ser alta.
Trocar o jogo de mangueiras, por exemplo, não sai por menos de R$ 400. O condensador, responsável pelo resfriamento do ar, custa entre R$ 350 e R$ 550, dependendo do tamanho do carro.
Existe a opção do condensador recondicionado (peça usada reformada), que sai pela metade do preço, mas nas lojas consultadas o componente tinha garantia máxima de 90 dias.
A serpentina, por onde o gás circula, custa entre R$ 400 e R$ 600. Uma serpentina recondicionada tem preço médio de R$ 120.
Parte elétrica
Além de tudo isso, é necessário muito cuidado com a parte elétrica. O ar-condicionado puxa muita carga da bateria.
Por isso, é aconselhável verificar se a bateria do seu carro tem as especificações certas para alimentar o sistema elétrico de um carro com ar-condicionado.
Os carros com condicionador de ar já saem de fábrica com o sistema elétrico preparado. "Mas acontece que nas idas e vindas nas oficinas, a bateria pode ter sido trocada por uma que não sirva", alerta Naldo Ferreira, técnico da Friauto.

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