São Paulo, quarta-feira, 6 de dezembro de 1995 |
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Fluminense 'chantageia' para ir à final
MÁRIO MAGALHÃES
Até ontem, os atletas, revoltados, não haviam recebido os salários de outubro e novembro. O clube também está devendo o prêmio pelo título estadual conquistado em junho e os adiantamentos por renovação de contratos ("luvas"). A dívida é de, no mínimo, U$ 1,5 milhão. A folha salarial do clube com o futebol é de aproximadamente US$ 600 mil. "Se chegarmos à decisão, vamos faturar, entre semifinais e finais, R$ 3 milhões", afirmou ontem o diretor de futebol do Fluminense, Alcides Antunes, mostrando aos atletas a importância financeira da classificação à final do Brasileiro. As principais fontes de receita serão as rendas, os direitos de exibição dos jogos pela TV e a publicidade estática (placas) ao redor do campo. Duas redes de fast food disputavam até ontem o espaço publicitário que haverá nas mangas das camisas dos quatro clubes semifinalistas. Cada clube receberá cerca de R$ 100 mil na fase semifinal, segundo Antunes. Após o treino matinal, o dirigente se reuniu com os jogadores. Afirmou que, ao contrário do prometido, não seria pago ontem o salário de outubro. A nova promessa é de pagamento hoje. "Não quero falar porque estou de cabeça quente", disse o atacante Renato Gaúcho, irritado, depois da reunião. "Mais uma vez temos que esperar", reclamou o zagueiro Sorlei. Alcides Antunes respondeu ao ministro dos Esportes, Édson Arantes do Nascimento, o Pelé, que teria dito anteontem no programa "Cartão Verde" (TV Cultura) temer que o Santos seja prejudicado pela arbitragem nos jogos contra o Fluminense. "Pelé foi infeliz", disse Antunes sobre o assunto. "Ele está aproveitando o cargo de ministro para pressionar os árbitros. No fundo, ele não confia no time dele." Texto Anterior: Acordo com partido leva os dois jogos para amanhã Próximo Texto: Joel Santana pede volta de 'ursinho-talismã' Índice |
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