São Paulo, quinta-feira, 7 de dezembro de 1995
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Chirac exige libertação de pilotos franceses

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O presidente da França, Jacques Chirac, deu ontem um ultimato ao presidente da Sérvia, Slobodan Milosevic, para que dois pilotos franceses capturados em um bombardeio da Otan sejam libertados.
A exigência foi feita em um telefonema de Chirac para Milosevic. O capitão Frederic Chiffot e o tenente José Sauvignet desapareceram no dia 30 de agosto passado depois que o caça que pilotavam foi abatido pelos sérvios da Bósnia perto de Pale.
"Se os dois pilotos franceses não forem entregues nos próximos dias, a França adotará as medidas que se impõem", disse a porta-voz da Presidência, Catherine Colona.
Ela não deu detalhes sobre as medidas a serem adotadas e disse que o incidente não ameaça a assinatura do acordo de paz, marcada para o dia 14 em Paris.
Milosevic rubricou o acordo de paz de Dayton (Ohio, EUA) em nome dos sérvios da Bósnia.
Pouco antes, o ministro da Defesa, Charles Millon, disse no Senado que "as autoridades sérvias vão se arrepender" se não forem concluídos os trâmites para a libertação dos pilotos.
As mulheres dos pilotos pediram em carta ao presidente francês que o acordo não seja assinado até que eles sejam libertados.
Um grupo de parlamentares franceses chegou ontem a Belgrado para investigar o paradeiro dos franceses desaparecidos.
Um avião com militares dos EUA que preparam a chegada das tropas do país à Bósnia aterrissou ontem na base aérea da ONU em Tuzla. A aeronave é a primeira a pousar no local em um ano e meio.
A base vai alojar 20 mil militares norte-americanos que participarão da força de 60 mil homens da Otan na ex-Iugoslávia.
Tempestades de neve em Sarajevo atrapalharam a chegada de vôos com militares da Otan que preparam o terreno para as tropas da aliança militar ocidental que irão para a Bósnia após a assinatura do acordo de paz.
O Parlamento alemão aprovou ontem por 543 votos a 107 o envio de cerca de 4.000 soldados à ex-Iugoslávia.
É a missão mais importante do Exército alemão desde o fim da Segunda Guerra (1939-1945).
As tropas alemãs ficarão concentradas na Croácia e não devem atuar em situações que possam gerar confronto militar.

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