São Paulo, sexta-feira, 8 de dezembro de 1995
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ACM cobra explicação de Loyola e nega benefício

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) enviou ontem uma carta ao presidente do Banco Central, Gustavo Loyola, cobrando explicação sobre as notícias de que seu nome consta da relação de políticos que teriam recebido doações do Banco Econômico na campanha de 90.
"V.Sa. está desafiado, bem como o seu colega de diretoria ou o interventor, qualquer dos três, a apresentar cheque ou documento válido, como fatura em meu nome ou equivalente, pago pelo Banco Econômico", escreveu o senador.
O diretor a quem ACM se refere é Cláudio Mauch. O interventor do Econômico é Francisco Flávio, apontado como a pessoa que encontrou a pasta.
ACM cobrou a confirmação ou desmentido formal do que foi publicado pela revista "IstoÉ". "Uma vez que não quero perder a minha autoridade de criticar a entidade que V.Sa. (Loyola) dirige, quando julgar conveniente e de acordo com o interesse público", finalizou o senador.
Já o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) afirmou ontem que acha difícil que o Banco Econômico tenha colaborado com a sua campanha ao governo de Alagoas, em 90. Mas não descartou totalmente essa hipótese.
"Não lembro. As contribuições eram feitas ao partido, e não ao candidato, naquelas eleições. Mas não acho fácil que o banco tenha feito doação."
O senador José Sarney (PMDB-AP) não quis comentar a informação de que seu nome estaria entre os beneficiários de doações do Econômico registrados na lista da pasta cor-de-rosa.

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