São Paulo, sexta-feira, 8 de dezembro de 1995 |
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Entidades prometem ato contra reforma hoje
FERNANDO ROSSETTI
A manifestação começa no vão livre do Masp, na avenida Paulista, e continua com uma passeata pela Consolação até a praça da República, onde fica a Secretaria da Educação (sempre na região central de São Paulo). A oposição à reforma ganhou ontem apoio do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Condeca), órgão ligado ao governo do Estado, com representação da sociedade civil. O Condeca quer a suspensão da reforma e a abertura de discussão. Ontem houve também manifestação de pais na 8ª Delegacia de Ensino -zona leste de São Paulo- e na 17ª -zona sul. O motivo é o mesmo: falta de discussão, imposição das mudanças às escolas e discordância quanto à melhoria que a reforma vai trazer a alguns colégios, que estão bem estruturados por causa da participação da comunidade. O governo diz que, para a reforma dar certo, é preciso envolver toda a rede. Atualmente, a maioria das escolas oferece todas as séries de ensino. Isso faz com que todas tenham poucas classes de cada série -muitas dessas classes com poucos alunos. Como os professores são formados para atender determinadas séries, eles acabam tendo de dar aulas em muitas escolas para completar sua jornada. A reforma fixa mais os professores nas escolas, já que ela vai atender apenas algumas séries. Além disso, a infra-estrutura para estudantes de 1ª a 4ª série é diferente da de estudantes mais velhos. Mas essa diferença não está podendo ser observada porque as salas de aula têm que abrigar alunos de 7 anos a mais de 18 anos. (FR) Texto Anterior: Pais invadem delegacia de ensinocontra mudanças Próximo Texto: Protesto reúne 100 pessoas em Ribeirão Preto Índice |
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