São Paulo, sexta-feira, 8 de dezembro de 1995 |
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Advogado diz que Catani foi 'intruso'
HUMBERTO SACCOMANDI
Essa é a versão de José Izar, advogado de Catani, que é o principal envolvido no caso da "fita do suborno". Em fita gravada, Catani revelou a existência de um suposto esquema de corrupção de árbitros para a "compra" de resultados em partidas. O Botafogo teria sido beneficiado por essa fraude. Posteriormente, Catani negou a existência desse esquema e disse que tudo não passou de uma brincadeira sua. Ele negou também conhecer o presidente do Botafogo, Laerte Alves. Disse ainda que não esteve na festa que celebrou a passagem do Botafogo da Série A-2 para a A-1. Mas fotos feitas pela Folha na festa, realizada em 27 de agosto, mostram Catani junto a diretores do clube, incluindo o presidente. "Ele tem muitos amigos em Ribeirão Preto e foi a muitas festas naquela cidade. Mas não é obrigado a conhecer o dono da festa", disse Izar. "Eu mesmo já estive em festas das quais não conhecia o dono". O advogado, que também trabalha para o Corinthians, argumenta que a foto não prova que Catani é ligado àquelas pessoas. "Ele parece isolado na foto, está meio de lado. É um estranho no meio daquele pessoal. Ele só quis aparecer. Na verdade, foi um intruso, na foto e na festa", afirmou. "Ele não está agarrando ninguém na foto". Além da foto, Izar diz não temer uma possível quebra do sigilo telefônico de Catani. "Pode-se descobrir que ele falou com o Laerte Alves. E daí que eles se falaram? Isso também não prova nada". Segundo ele, sua única preocupação seria o cheque supostamente emitido por Laerte Alves para Catani, como pagamento pela "corrupção" de árbitros. "Isso se o cheque existisse, mas eu sei que ele não existe", afirmou Izar. A reportagem da Folha tentou conversar com Catani na tarde de ontem. "Não quero nada com vocês agora", respondeu o ex-árbitro. Texto Anterior: Catani evita falar de viagem Próximo Texto: Rodman retorna e Chicago Bulls derrota New York Knicks na NBA Índice |
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