São Paulo, sábado, 9 de dezembro de 1995
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Líder e porta-voz afirmam que reforma ministerial não é iminente

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O líder do governo no Congresso, Germano Rigotto (PMDB- RS), e o porta-voz da Presidência, Sergio Amaral, negaram ontem que o presidente Fernando Henrique Cardoso cogite fazer reforma ministerial agora.
Rigotto, porém, não descartou totalmente a mudança de nomes na equipe: "A equipe é muito boa. Mas, em maio ou junho, quem sabe? Só o tempo pode dizer".
Ele descartou ainda a necessidade de um articulador político para servir de "ponte" entre o Congresso e a Presidência.
"Nunca foi falado isso. Os líderes acham desnecessário", disse. Segundo ele, FHC tem "excelentes" interlocutores, como o chefe da Casa Civil, Clóvis Carvalho, o secretário-geral da Presidência, Eduardo Jorge Caldas, e até o vice-presidente, Marco Maciel.
Rigotto confirmou a convocação extraordinária do Congresso de 16 de dezembro a 15 de fevereiro. "É fundamental para se votarem as reformas e para que os trabalhos das comissões, como a do caso Sivam, sejam concluídos", disse.
A convocação vai custar R$ 9,5 milhões, relativos ao pagamento de ajuda de custo.
O papel de Rigotto no governo foi elogiado ontem por FHC: "Preciso do Rigotto aqui como deputado. Ouvi rumores de que seria candidato a isso ou aquilo. Não pode, não. Tem de ficar aqui ajudando o governo".
Sergio Amaral disse que "não há o menor fundamento nas especulações de reforma ministerial".
Amaral disse ainda que Fernando Henrique não pretende mudar atribuições na hierarquia do Palácio do Planalto. Havia especulações de que Eduardo Jorge e Clóvis Carvalho seriam remanejados.
"O presidente não considera necessária qualquer modificação", afirmou o porta-voz. Ele citou um telefonema ontem do presidente do PSDB, senador Arthur da Távola (RJ), ao ministro Clóvis Carvalho, negando que o senador tivesse proposto a saída do ministro -conforme versão divulgada no Congresso.

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