São Paulo, domingo, 10 de dezembro de 1995
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"Maus franqueadores" precisam ser identificados

NELSON ROCCO
DA REPORTAGEM LOCAL

É preciso tomar cuidados e saber identificar os maus franqueadores. Para isso, deve-se dar atenção às informações contidas na COF (Circular de Oferta de Franquia) fornecida pelas empresas franqueadoras.
Esse foi o principal recado da norte-americana Cheryl Babcock aos interessados em comprar uma franquia, transmitido durante o seminário "Como Vender sua Franquia e Selecionar os Melhores Franqueados", promovido pelo Instituto Franchising, semana passada, em São Paulo.
Franquia é um sistema de negócio que consiste na transferência dos direitos de exploração da marca, serviço, produto ou tecnologia de operação de uma empresa para outra, mediante o pagamento de taxas e royalties.
Cheryl é diretora do Instituto para Gestão de Franquias da Universidade de St. Thomas (EUA). Em entrevista exclusiva à Folha, Cheryl afirmou que os maiores problemas jurídicos entre franqueados e franqueadores nos Estados Unidos se referem à disputa por áreas.
"Franqueados de um determinado local acionam juridicamente os franqueadores para não venderem franquias para serem instaladas nas proximidades, tornando o mercado saturado", disse.
O segundo ponto em ordem de relevância, afirma Cheryl, é quanto à cobrança de serviços prometidos e não cumpridos pelos franqueadores.
Segundo ela, nesses casos, a primeira providência dos franqueados é deixar de pagar royalties. "Isso se torna um grande problema, até que o dono da marca exclua o franqueado do sistema."
Ela diz que, em casos judiciais, raras vezes os franqueadores perdem, porque têm mais dinheiro para custear os processos.
Dicas
Cheryl deu algumas dicas para os interessados em uma franquia identificarem os "franqueadores menos dignos de crédito".
Segundo ela, é preciso verificar se o franqueador tem dinheiro para as atuais operações e se ele tem uma unidade-piloto.
Outro ponto importante é desconfiar do excesso de promessas de sucesso e de taxas elevadas.
Ela diz que franqueadores que só dão informações por meio de "linhas 900", que obrigam o interessado a pagar pela ligação, também merecem desconfiança.
(NR)

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