São Paulo, terça-feira, 12 de dezembro de 1995 |
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'Escrava Isaura' acompanha o presidente
JAIME SPITZCOVSKY
O sucesso da "Ninu" (escrava, em chinês) trouxe Lucélia à China em 1985, para receber um prêmio. "Vieram jornalistas de todos os cantos do país para entrevistá-la", lembra Lili Yang, intérprete da atriz brasileira em solo chinês. A passagem virou um documentário na TV chinesa. Batizado de "Isaura em Pequim", ele mostrava como Lucélia Santos tinha dificuldades para escapar dos batalhões de caçadores de autógrafos. Enquanto Lucélia reina junto ao público feminino, a população masculina costuma associar Brasil ao futebol. Motoristas de táxi de Pequim, curiosos incorrigíveis, lançam com frequência ao passageiro que vem de outro país uma pergunta sobre sua origem. Caso o passageiro entenda a pergunta e responda Brasil (baxi, em chinês), a réplica do motorista costuma ser: "Lomáliô"! Romário, em português. O atacante do Flamengo ganhou destaque com a Copa do Mundo de 94: a competição atingiu altos índices de audiência na China, embora os jogos fossem transmitidos de madrugada, por causa da diferença horária com os EUA, palco das partidas. Norton Seng, representante do Banco do Brasil em Pequim, conta que, ao chegar à China há quatro anos, costumava ouvir a seguinte reação quando dizia sua origem: "O chinês apontava o indicador para baixo e dizia: ah, é lá embaixo, do outro lado do mundo". (JS) Texto Anterior: FHC cumpre papel de chanceler na China Próximo Texto: FHC visita presidente alemão Índice |
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