São Paulo, terça-feira, 12 de dezembro de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Tudo pelo voto

Em 1984, Luiz Carlos Santos disputava a indicação do PMDB para ser o presidente da Assembléia Legislativa de São Paulo no segundo biênio da legislatura.
A bancada tinha 42 deputados e Santos já conseguira 21 assinaturas de apoio. Só faltava uma para decidir a parada. Assim, foi ao interior cabalar o voto de um deputado, mas não teve sucesso.
Quando voltava para São Paulo, lembrou-se de José Storópoli, que estava no muro porque podia virar o "tertius" da disputa. À 1h da madrugada, bateu à porta da casa do deputado, na Vila Maria.
Storópoli acordou e, ainda com sono, levou o colega para uma área com uma churrasqueira. Pôs carne para assar, abriu umas cervejas e começaram uma longa conversa. Quase de manhã, Santos disse que não aguentava de sono.
O anfitrião arrumou uma cama e ele ficou por ali mesmo.
No dia seguinte, a negociação continuou no café da manhã. Nada de Storópoli se decidir. O dia avançou e Santos acabou ficando para o almoço. Só no fim da tarde arrancou a assinatura do colega.

Texto Anterior: Torcedor filantropo; Cabelos caju; Coerência; Literal; Mudança de discurso; Ingrediente; Serviço de entrega; No pulo; Visita à Folha
Próximo Texto: Para líder, BC erra ao vazar doações e mudança cambial
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.