São Paulo, terça-feira, 12 de dezembro de 1995
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Piora nível de vida, diz IBGE

KENNEDY ALENCAR
DA REPORTAGEM LOCAL

O diretor de pesquisa do IBGE, Lenildo Fernandes Silva, afirmou ontem que na década de 80 houve um crescimento da economia que não trouxe melhoria para os indicadores sociais.
"O modelo econômico é cada vez mais excludente", afirmou.
O relatório "Crianças e Adolescentes - Indicadores Sociais", que também foi divulgado ontem, mostra que cresceu o número de pessoas entre zero e 17 anos que vivem em casas cuja renda do chefe vai até meio salário mínimo.
No Nordeste, 26,4% de crianças e adolescentes vivem nesse tipo de domicílio. Essa taxa era de 10,6% em 1980. O relatório do IBGE faz uma análise sócio-econômica das mudanças ocorridas entre 1980 e 1991 na vida da população de zero a 17 anos de idade.
Segundo a publicação, a proporção da população infanto-juvenil diminuiu na década de 80, passando de 45,3% para 41% do total de habitantes do país.
A situação econômica de crianças e adolescentes também piorou na zona rural. No Nordeste, em 1980, 23,6% dessa população vivia em domicílios com renda média mensal de até meio salário mínimo. Em 1991, na mesma região, essa taxa se elevou para 50,8%.
O mesmo indicador na região Sudeste era de 7,9% no ano de 1980. Em 1991, subiu para 25,2%.
O analfabetismo diminuiu em todo o país, mas continua a ostentar números elevados. Em 1980, 20,6% da população entre 11 e 14 anos de idade era considerada analfabeta. No ano de 1991, esse índice caiu para 16,1%.
Na faixa de 15 a 17 anos de idade, os meninos continuam a apresentar taxas de analfabetismo maior que as meninas. Em 1980, 9,1% desses garotos eram analfabetos, contra 7,8% das garotas. Esses índices em 1991 foram, respectivamente, 6,8% e 4,6%.
(KA)

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