São Paulo, terça-feira, 12 de dezembro de 1995
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Escola está entre as melhores do país

DA REDAÇÃO

A Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli), onde aconteceu o crime de ontem, é uma das mais importantes do país na área de engenharia.
Foi criada, em 1893, com o objetivo de servir de centro para a prática de técnicas de plantio, máquinas e construções.
Com o tempo, aos cursos práticos de mecânicos, condutores de trabalho, contadores e agrimensores, juntaram-se outros de vários ramos da engenharia.
Os cursos superiores acabaram predominando, e os técnicos, desaparecendo.
Hoje, a escola oferece 11 cursos de engenharia (civil, metalúrgica, elétrica, de produção, de minas, mecânica, naval, química, de computação, mecatrônica e de materiais) de nível superior, além de pós-graduação em várias áreas.
O ingresso na escola é mediante o vestibular da Fuvest (Fundação Universitária para o Vestibular), que acontece anualmente.
Entre os ex-alunos da Poli estão o prefeito de São Paulo, Paulo Maluf, que se formou em engenharia civil em 1955.
O poeta Manuel Bandeira (1886-1968) foi aluno do curso de engenheiro-arquiteto em 1904. Ele precisou abandonar o curso em função de uma tuberculose.
O ator Carlos Zara fazia teatro amador enquanto estudava, na mesma turma de Maluf.
Projetou vários prédios antes de se dedicar exclusivamente à carreira artística.
José Carlos de Figueiredo Ferraz, ex-prefeito de São Paulo (73-74), formou-se em 1940, tornou-se professor da Poli em 46 e, em 51, catedrático.
Assinou obras como as rodovias Anchieta e Imigrantes, o Museu de Arte de São Paulo, o Museu da Aeronáutica, as cúpulas da Catedral da Sé e o ginásio de esportes do Ibirapuera.
O ex-governador Mário Covas e o ex-prefeito Olavo Setúbal engrossam a lista dos ex-alunos ilustres da escola.
A Poli auxiliou na solução dos problemas tecnológicos surgidos em São Paulo no final da década de 30, como a pavimentação de estradas de rodagem ou o projeto de construção de edifícios altos de concreto armado.

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