São Paulo, terça-feira, 12 de dezembro de 1995
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Perdigão investe US$ 250 mi no cerrado

MÁRCIA DE CHIARA
DA REPORTAGEM LOCAL

A Perdigão vai investir cerca de US$ 250 milhões para expandir suas atividades no cerrado, região de alta produtividade de grãos.
Ainda em fase de estudos, o projeto amplia entre 33% e 40% a capacidade total de abate de frangos e suínos e deve começar a operar regularmente a partir de 99.
No próximo ano, a empresa inicia construção das unidades (abatedouros, granjas e processadoras de rações). Por enquanto, diz Wang Wei Chang, vice-presidente, a companhia ainda estuda a localização das novas fábricas.
Entre os locais prováveis estão Espírito Santo, sul da Bahia, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso.
"O cerrado é uma região estratégica porque é importante na produção de milho e soja e está próximo do mercado consumidor."
A unidade do cerrado é a 14ª planta industrial da companhia. Atualmente, a empresa tem 13 unidades industriais concentradas no Sul do país: oito em Santa Catarina, quatro no Rio Grande do Sul e só uma em São Paulo.
Para bancar parte dos investimentos a uma taxa de juros menor do que a cobrada nas linhas de crédito convencionais e reduzir a sua dívida, que em setembro era da ordem de US$ 100 milhões, a empresa está iniciando um processo de securitização das exportações.
Trata-se de uma operação na qual a empresa emite certificados vendendo exportações futuras no mercado institucional dos EUA.
A primeira emissão dos certificados de securitização das exportações deve oscilar entre US$ 75 milhões e US$ 100 milhões e está prevista para o segundo trimestre do ano que vem, diz Chang.
A Perdigão fecha 95 com exportações da ordem de US$ 200 milhões. A previsão para 96 é chegar a US$ 240 milhões, segundo Nildemar Secches, presidente.
Em 95, a empresa reduziu em 12% o volume físico das exportações sobre o ano anterior e ampliou em 18% os negócios no mercado doméstico. Na média, o volume cresceu 9% no período.
A empresa faturou neste ano US$ 950 milhões, 14% a mais do que no ano passado.
Os investimentos planejados para 96 somam US$ 65 milhões, 44% acima do gasto em 95. Os recursos serão direcionados para ampliar o abate de aves (11%) e suínos (18%) e aumentar em 30% a produção de industrializados.

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