São Paulo, terça-feira, 12 de dezembro de 1995 |
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Oficinas terão teste de habilidade
HENRIQUE SKUJIS
O ASE é um certificado que qualifica o mecânico, tornando-o "master" em um determinado segmento da profissão. A prova que testa o profissional é elaborada por montadoras e outras empresas do setor automobilístico. O mecânico faz o exame e, se passar, recebe o certificado ASE, podendo colocar um adesivo na parede da oficina e um distintivo no macacão de trabalho. "A falha do sistema é que mesmo a oficina tendo apenas um mecânico qualificado ela tem o privilégio de ter o adesivo ASE colado na parede", adverte o mecânico Paulo Gilberto Martins Costa, que morou nos Estados Unidos e conseguiu o certificado. O ASE é uma entidade sem fins lucrativos. É sustentada por empresas do setor. As negociações entre o ASE e a Abrive (Associação Brasileira das Reparadoras Independentes de Veículos) começaram há 18 meses. Até novembro de 96, o projeto deverá estar totalmente instalado no Brasil. "Estamos criando um conselho provisório, que elaborará um teste-piloto em abril para avaliar o grau de conhecimento dos mecânicos. Com base nesse teste, elaboraremos a prova final", afirma Geraldo Santo Mauro, presidente da Abrive. Para o dirigente, o ASE é uma "maneira de criar uma distinção no mercado, prestigiando através de um reconhecimento as oficinas mais capacitadas". O mecânico que quiser o ASE contará com o Senai para fazer um curso preparatório. A escola foi visitada pelos dirigentes do ASE e será homologado pelo Natef (National Automotive Technichian Educacion Co.), responsável pelas escolas norte-americanas capacitadas a lecionar para mecânicos que desejam tirar o ASE. O ASE foi criada em 1972 a pedido do governo norte-americano, que percebeu a intranquilidade do consumidor ao levar o carro às oficinas independentes. Além do Brasil, o ASE está em fase de implantação também no Canadá. Nos Estados Unidos, mais de 400 mil mecânicos têm o certificado, o que equivale a uma aprovação de 55%. Segundo o presidente da Abrive, Geraldo Santo Mauro, o Brasil deve suplantar esse índice. "Nossos mecânicos têm necessidade de recuperar a confiabilidade". Mas Santo Mauro adianta que a prova não é fácil e que a cada cinco anos há uma reavaliação, garantindo a atualização tecnológica do mecânico. Texto Anterior: Certificado ASE qualifica o mecânico; Iasca promove final de som automotivo; O NÚMERO; Arlen ensina como montar caixa acústica; Vendas de usados aumentam 5,14% Próximo Texto: Motoristas evitam concessionárias Índice |
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