São Paulo, quarta-feira, 13 de dezembro de 1995
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Reeleição deve ficar para fevereiro

DANIELA PINHEIRO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A emenda que permite a reeleição do presidente da República, de prefeitos e governadores deve ficar fora da pauta de discussões do Congresso durante sua convocação extraordinária, no período de 18 de dezembro a 14 de fevereiro.
Assinada por Fernando Henrique no sábado, a convocação custará R$ 9,5 milhões, relativos ao pagamento das ajuda de custo aos 594 parlamentares.
A bancada governista está insegura quanto à aprovação da emenda do deputado Mendonça Filho (PFL-PE) neste final de ano legislativo. A Folha apurou que o esforço para aprová-la será articulado para o início de fevereiro, antes do Carnaval.
Não há dúvidas sobre a necessidade de votar a emenda antes das convenções partidárias para as eleições municipais, previstas em meados de junho. Pela proposta de Mendonça Filho, caso aprovada a emenda, os atuais prefeitos poderão sair candidatos.
Na avaliação dos líderes aliados ao governo, o Congresso deve priorizar na convocação a apreciação das reformas tributária, administrativa e da Previdência.
"Não tem clima para votar a reeleição agora", disse o líder do PMDB na Câmara, Michel Temer (SP). Segundo ele, as reformas e a apuração do caso Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia) vão monopolizar os debates dos parlamentares.
"É arriscado para o governo votar a reeleição do presidente com apenas um ano. Se perdem essa votação, significa que o governo está definitivamente enterrado", disse o deputado José Genoino (PT-SP).

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