São Paulo, quarta-feira, 13 de dezembro de 1995 |
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Nilton e Didi revivem nostalgia
MÁRIO MAGALHÃES
É a mesma capela que o então presidente do clube, Carlito Rocha, mandou construir na década de 40. É a capela onde o bicampeão mundial de futebol Nilton Santos voltou a rezar desde que o Botafogo retornou à sua histórica sede, na semana passada. "Não tenho muitos pecados, mas agradeço a Deus pela volta à nossa casa", diz Nilton. A volta para General Severiano foi decisiva para a transformação da final contra o Santos em evento épico. O Botafogo instalou-se no local em 1912. Lá, Garrincha fez seu primeiro treino no clube, em 1953. O time de futebol teve de sair em 1977, depois que o terreno foi vendido. Passou a treinar, primeiro, no subúrbio carioca de Marechal Hermes e, depois, em Niterói. Ficou 21 anos sem ganhar um título, entre 1968 e 1989. "Quem estava embaixo do viaduto não poderia ganhar nada mesmo", disse Nilton Santos. "Voltamos para nosso lugar", afirma, emocionado, o jogador Didi. "Ninguém reconhece o Botafogo se não for ali. É o nosso campinho." No lugar do velho estádio, foi construído -sobre um shopping center- um moderno complexo esportivo. Há quatro piscinas, quatro quadras poliesportivas, um campo de futebol para treinos - o time o usará a partir de janeiro-, um ginásio para 1.500 pessoas e um hotel-concentração com 12 quartos duplos. Nilton Santos lembrou ontem que era lá que Carlito Rocha obrigava o cachorro Biriba a fazer xixi sobre as pernas dos jogadores, para dar sorte. "Essa nostalgia é boa. Os bons tempos voltaram. É agora que ninguém nos segura." (MM) Texto Anterior: Equipe implanta aquecimento 'modernista' Próximo Texto: Jair Pereira acha Botafogo sem erros Índice |
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