São Paulo, quarta-feira, 13 de dezembro de 1995
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Comprar o micro à vista ainda é o melhor negócio

LUCIA REGGIANI
DA REPORTAGEM LOCAL

Depois de meses de crédito apertado, com o parcelamento limitado a três prestações, o consumidor ganha um respiro em dezembro. A partir deste mês, os financiamentos podem ser feitos em até seis prestações.
As compras com cartão de crédito poderão ser pagas pelo sistema rotativo, que foi reautorizado. Em cada fatura, o usuário precisa quitar sempre 50% do valor e financiar o restante. E os consórcios de eletroeletrônicos já têm permissão para abrir novos grupos.
O fato de os financiamentos estarem menos difíceis não significa que se deva cair de cabeça em dívidas. O dinheiro emprestado ainda está caro demais.
A taxa média de juros do crediário está oscilando entre 9% e 10% ao mês -um abuso, se comparada com uma inflação estimada em 1,5% para dezembro.
O melhor é aplicar o dinheiro -a caderneta de poupança vem rendendo em torno de 2% ao mês- e depois comprar à vista. Peça desconto -em tempos de salário reajustado só uma vez por ano pechinchar é o único jeito de "esticar" o dinheiro.
Evite a inadimplência. Antes de comprar, calcule o peso da prestação no seu orçamento.
Caso o crediário seja inevitável, procure saber qual o índice de correção da parcela e a taxa de juros. No caso dos financiamentos de micros, as taxas variam muito.
Fabricantes ligados a bancos costumam oferecer juro mais baixo. Outros financiam em dólar, também mais barato, mas há o risco do câmbio.
Embora pouco provável, uma mexida brusca no valor do real em relação ao dólar pode acabar com o seu bom nome na praça.
Para as empresas e os autônomos, há o recurso do leasing (aluguel com opção de compra) em 24 prestações. Para as pessoas físicas, prazo assim tão longo só é possível nos consórcios.
O problema é que os lances não foram liberados, e tentar a sorte nos sorteios por dois anos não é o melhor programa para quem quer um micro para ontem.
Consórcio vale a pena para quem já tem uma máquina, pretende ter outro computador atualizado mais adiante e não consegue manter o dinheiro quieto em uma aplicação financeira.

Encaminhe suas reclamações -acompanhadas de número de telefone- por carta para Consumidor On Line, al. Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900. Fax (011) 223-1644. Endereço eletrônico: inffolha sol. uniemp.br na Internet.

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