São Paulo, quinta-feira, 14 de dezembro de 1995 |
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Fluminense perde R$ 1,4 milhão com desclassificação no Brasileiro
FRANCISCO SANTOS
Essa receita de R$ 1,4 milhão viria das rendas das partidas, de 80% da receita das placas em torno do gramado do jogo em que ele tivesse mando de campo e R$ 200 mil de direitos de transmissão dos jogos pela TV. Com a eliminação, o clube ficou em dificuldades para pagar seus débitos, avaliados por Gonçalves em R$ 6 milhões. Deste total, R$ 1,7 milhão seriam apenas de dívidas com os jogadores. As dívidas com o elenco são referentes a luvas (espécie de entrada do contrato), salários e prêmios, incluindo entre esses últimos o referente à conquista do Campeonato Estadual deste ano, encerrado em junho. As dívidas que não são com os jogadores, segundo Juber Gonçalves, mas com bancos e fornecedores do clube. Gonçalves disse à Folha que "a situação é complicada", até porque os bancos estão atravessando um momento ruim. Isto torna mais difícil renegociar as dívidas atuais ou a obtenção de novos empréstimos. Juber Pereira disse também que as principais esperanças do clube para a obtenção de dinheiro a curto prazo agora são as negociações para antecipar receitas com os patrocinadores do futebol do clube, a Hyundai e a Reebok. Com a Hyundai, fábrica de automóveis coreana, o clube tem contrato até junho de 96, no valor de R$ 1,4 milhão. O dirigente disse que a expectativa é de renovar esse contrato por um valor entre R$ 2,5 milhões e R$ 3 milhões. O clube vai tentar receber já os R$ 700 mil do contrato em vigor e quer negociar também uma antecipação dos valores do contrato futuro. O clube pretende também obter uma antecipação de alguns meses de receita. Outra possibilidade é a venda dos passes de alguns jogadores pertencentes ao clube, como Wellerson, Sorlei, Aílton e Leonardo. Gonçalves disse que, por enquanto, nenhum clube manifestou interesse em jogadores do Fluminense. Segundo ele, o clube está mais preocupado em obter R$ 400 mil para pagar o passe do zagueiro Lima ao Sport de Recife. É nesse quadro de incerteza que, na próxima terça-feira, dia 19, o Fluminense elegerá seu presidente para o período 97/98. O candidato da situação para suceder o médico Arnaldo Santiago é José Gil Carneiro de Mendonça. Pela oposição, concorre José Carlos Vilella, que já foi diretor jurídico do clube. Texto Anterior: Treinadores finalistas dirigiram o São Bento Próximo Texto: Fifa quer aumentar tamanho do gol e implantar comunicação com juiz Índice |
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