São Paulo, sexta-feira, 15 de dezembro de 1995
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Exibição santista é cautelosa

MÁRIO MOREIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Os números do Datafolha sobre a primeira partida da final do Campeonato Brasileiro demonstraram um Santos bem mais cauteloso que o habitual, ao passo que o Botafogo manteve o padrão exibido até as semifinais.
A diferença mais flagrante na conduta da equipe santista está no número de finalizações: foram 9 anteontem, contra 15, em média, durante a competição.
Além disso, a eficiência das finalizações piorou de 47% (sete por jogo) para 22% (apenas duas).
Giovanni, que finaliza 3,6 vezes, em média, chutou apenas duas vezes, marcando um gol.
O Santos reduziu em 20% o número de lançamentos (de dez, em média, para oito), também com uma queda substancial no aproveitamento: de 60% para 33%.
Nesse fundamento, a maior diferença ficou por conta do atacante Jamelli, que vinha fazendo três lançamentos (dois certos e um errado) por partida e, no primeiro jogo da decisão, não fez nenhum.
Outro dado que atesta a maior cautela do Santos nessa partida foi o número de passes que o time trocou: 452, ou 19,8% a mais que sua média de 377.
O cuidado no acerto dos passes -para não permitir contra-ataques do Botafogo- fez o aproveitamento subir de 80,1% para 85%.
Com o time colocado de maneira mais defensiva, os jogadores santistas mais ofensivos tiveram que partir mais para os lances individuais, forçando os dribles.
No total, o time driblou 57 vezes, contra 40, em média -um aumento de 42,5%. O número de bolas perdidas também subiu: de 43 para 55, ou seja, mais 27,9%.
Por outro lado, a preocupação com a defesa fez crescer a participação defensiva dos jogadores mais ofensivos.
O maior exemplo é Marcelo Passos, que desarmou 18 vezes, contra 4,1 na média do campeonato. No conjunto, o Santos fez 153 desarmes, 10 a mais que o normal.
O número de faltas cometidas, porém, caiu de 24, em média, para 19. Isso pode ser explicado pelo alto número de jogadores (seis) que tinham dois cartões amarelos. Um deles, Gallo, recebeu o terceiro e está fora da segunda partida.
Pelo lado do Botafogo, os números variam bem menos em relação às médias da equipe.
O time desarmou 153 vezes em vez de 148. Cometeu 30 faltas em vez de 28. Conquistou quatro escanteios em vez de cinco. E fez os mesmos 14 lançamentos de costume, com aproveitamento parecido (50% em vez de 42,5%).
Ofensivamente, a eficiência da equipe caiu. O Botafogo finalizou 12 vezes, três a menos que o normal. O aproveitamento foi de 25%, contra os habituais 40%.
A forte marcação do Santos sobre Donizete fez o atacante botafoguense finalizar apenas 1 vez. Em média, ele finaliza 2,4 vezes.

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