São Paulo, sexta-feira, 15 de dezembro de 1995 |
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Cerimônia foi tensa
VINICIUS TORRES FREIRE
O presidente francês, Jacques Chirac, pediu aos ex-beligerantes que "escrevessem em conjunto este capítulo da conciliação". Mas o presidente bósnio, Alija Izetbegovic, não aplaudiu os discursos de Slobodan Milosevic, presidente da Sérvia, e de Franjo Tudjman, da Croácia. Milosevic foi friamente aplaudido pela platéia. O presidente é considerado responsável pela guerra. Aceitou retirar o apoio ao general Ratko Mladic e ao líder sérvio da Bósnia, Radovan Karadzic, sob ameaça de sanções econômicas. Os discursos das três partes em conflito tentaram manter tom otimista, mas Izetbegovic disse que "assinava sem entusiasmo". Clinton cometeu uma gafe involuntária ao agradecer a Chirac "por ter ajudado a ter tornado este momento (o acordo) possível". Os franceses se consideram responsáveis pelos entendimentos que levaram à trégua e às negociações. Levados a segundo plano em Dayton, pediram que o acordo fosse assinado em Paris. Para completar simbolicamente o clima de pequenas rusgas, Clinton deixou a sede do governo francês de limusine. Os demais chefes de Estado tomaram ônibus para a comemoração na chancelaria da França. (VTF) Texto Anterior: Combate na Bósnia marca assinatura da paz Próximo Texto: Rebeldes atacam durante pleito tchetcheno Índice |
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