São Paulo, sábado, 16 de dezembro de 1995 |
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PMs são indiciados por morte de dois reféns
CRISPIM ALVES
Entre eles estão o tenente-coronel José Carlos Bononi, comandante do 3º Batalhão de Choque da Polícia Militar, e o capitão Wagner Cesar Gomes de Oliveira Tavares Pinto, que foi afastado do comando da tropa de elite da PM e chefiou a operação. No dia 8 de novembro, o Gate invadiu um barracão onde dois ladrões mantinham 18 operários como reféns. A ação terminou com a morte de dois operários e dos dois ladrões. Laudos do IC (Instituto de Criminalística) apontaram que os reféns foram mortos pelos PMs, e não pelos ladrões, como sustentava o Gate após a operação. Além de Bononi e Tavares Pinto, foram indiciados o tenente Rodolfo Cortês Ramos de Paula e os sargentos Luiz Antonio Guandalini Alves, Silvio Nascimento Sabino e Amilton Ribeiro da Silva. Apesar do indiciamento, ainda não foi determinada a tipificação penal (se homicídio culposo, doloso -quando há intenção de matar- ou outro tipo de crime). A tipificação, se constatado o crime, será determinada pelo promotor Luiz Roque Lombardo Barbosa, corregedor da Polícia Judiciária Militar e que acompanha o caso. Os sargentos Sabino e Silva são apontados como responsáveis pelos tiros que mataram os reféns João Correia Sobrinho e Osmar Moura do Nascimento, respectivamente. No crânio de Nascimento foi encontrada uma bala 9 mm de uma submetralhadora HK, usada pelos dois sargentos na ação. Essa arma ainda não foi enviada para perícia técnica. Na madeira onde estava encostada a cabeça de Sobrinho havia um fragmento de bala, também de 9 mm. Além disso, o cruzamento do laudo de trajetória de balas com o posicionamento dos sargentos mostra que os dois reféns estavam na linha de tiro dos PMs. Ramos de Paula e Guandalini Alves foram indiciados porque invadiram o cativeiro atirando. Texto Anterior: Justiça mantém a reforma nas escolas de SP Índice |
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