São Paulo, segunda-feira, 18 de dezembro de 1995 |
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Campeonato teve equilíbrio
LEVIR CULPI
Mas foi um equilíbrio por cima, não por baixo. Prova disso é que, até a decisão das semifinais, ninguém podia adivinhar os finalistas, pela qualidade das equipes. Achei justo a decisão ser entre Santos e Botafogo, os times de melhor campanha. A principal característica dessas duas equipes é o seu poderio ofensivo, o que é excelente para o futebol. Ambas têm uma qualificação muito grande do meio-campo para a frente. A chegada de dois times ofensivos à final também mostra como a atribuição de três pontos por vitória forçou as equipes a se lançar mais ao ataque. Essa foi uma ótima providência. O Santos e o Botafogo também foram beneficiados porque conseguiram manter as bases de seus times durante o campeonato. Acho apenas que o Palmeiras, que teve a terceira melhor campanha, deveria ter disputado as semifinais. Nesse caso, a regularidade não foi premiada. Taticamente, não vi nada muito marcante. Ainda assim, a maioria das equipes mostrou um bom padrão. Gostaria de destacar os laterais da Portuguesa, Zé Maria e Zé Roberto. Não é porque foram meus jogadores, mas estiveram muito bem. Muitos outros jogadores tiveram bons desempenhos. Tanto que o Zagallo conseguiu convocar uma seleção improvisada e vencer a Argentina em Buenos Aires. Uma coisa, porém, não me agradou: o fato de os clubes terem mandado jogos fora de suas sedes. Sei que foi uma saída financeira, mas isso descaracterizou um pouco o campeonato, já que a torcida de uma cidade neutra não tem o mesmo entusiasmo. Texto Anterior: Finalistas são base da seleção do Brasileiro Próximo Texto: Regulamento deve mudar Índice |
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