São Paulo, terça-feira, 19 de dezembro de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Polícia Federal busca assassino

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Polícia Federal enviou ontem para Corumbiara (RO) 11 agentes do Comando de Operações Táticas, um delegado e um helicóptero. Eles devem procurar os assassinos do vereador Manuel Ribeiro (PT), morto com três tiros na noite de sábado, além de auxiliar a polícia de Rondônia nas investigações.
Mais sete agentes e um delegado da superintendência da PF em Rondônia devem se juntar ao grupo. O governador do Estado, Valdir Raupp (PMDB), aceitou a ajuda da PF oferecida pelo ministro Nelson Jobim (Justiça).
Sem que o governo do Estado concordasse, a PF não poderia atuar, porque o crime é de competência estadual.
Desarmamento
Com esse mesmo argumento, Jobim disse ontem que nunca prometeu nem poderia prometer desarmar os fazendeiros após o massacre de 9 de agosto, quando dez sem-terra e dois policiais morreram em Corumbiara.
No último domingo, o presidente do PT, José Dirceu, afirmou que Jobim havia se comprometido na apreensão de armas na região.
O ministro da Justiça disse ter afirmado, na época, que o desarmamento seria importante para restabelecer a tranquilidade na região. Ofereceu a ajuda da PF ao governo do Estado. "Não tomei conhecimento disso", afirmou ontem, porém, o governador Valdir Raupp.
O Ministério da Justiça negou também que tenha recebido qualquer pedido de proteção ao vereador Ribeiro. Segundo sua assessoria, o ministério recebeu pedidos de proteção de 119 pessoas durante o ano de 95 e atendeu a todos.
Mesmo sem pedido, os policiais federais vão se ocupar da proteção da mulher do vereador assassinado, Edileine dos Santos, do seu irmão Tiago e do seu suplente, Sebastião Pereira Sobrinho.

Texto Anterior: Petista queria ser prefeito em 1996
Próximo Texto: PT responsabiliza o governo federal
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.