São Paulo, terça-feira, 19 de dezembro de 1995 |
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Greve nos Correios é considerada abusiva
SHIRLEY EMERICK
Este índice é inferior à proposta feita pela própria empresa durante as negociações com os trabalhadores. A ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) chegou a oferecer 20% de reajuste fixo, índice rejeitado pela categoria e que provocou o início da greve. A proposta do TST corresponde ao pagamento do resíduo do IPC-r (Índice de Preços ao Consumidor em real) -10,83%- mais a implantação do PCCS (Plano de Carreiras, Cargos e Salários), com impacto médio de 8,26% nos salários. Esses índices representam um aumento médio de 20% nos salários. Os trabalhadores não gostaram da decisão. O secretário-geral da Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios, Milton Saldanha, disse que nesta semana a categoria avaliará a possibilidade de fazer nova paralisação. Os funcionários ficaram revoltados com a determinação da abusividade da greve. No julgamento anterior, o TST decidiu que os serviços da ECT não são atividades essenciais porque a sua paralisação não traz perigo à sobrevivência, saúde e segurança da população. Segundo Saldanha, a federação cumpriu a exigência de manter 30% de funcionários nos serviços de telegrama. "Cumprimos com tudo o que era possível. No final, eles consideraram abusiva", disse. Os trabalhadores reivindicavam o resíduo do IPC-r mais aumento fixo de R$ 100 para os níveis básicos, R$ 200 para os intermediários e R$ 300 para o superior. Essa proposta foi apresentada pelo presidente do TST, ministro José Ajuricaba da Costa e Silva, na semana passada, na última reunião de conciliação entre empresa e empregados, nas foi recusada pela empresa. Texto Anterior: Reformas abruptas prejudicam aprendizado Próximo Texto: Morre a 21ª vítima do acidente em Rio Claro Índice |
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