São Paulo, terça-feira, 19 de dezembro de 1995 |
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Tiradentes usou o manuscrito
CARLOS HENRIQUE SANTIAGO
O manuscrito foi escrito em 1780 pelo cartógrafo português José Joaquim da Rocha, que o presenteou a Rodrigo José de Menezes, governador da província. A obra continha dados estratégicos sobre Minas Gerais e caiu nas mãos de Tiradentes, que a teria usado para convencer os inconfidentes de que havia condições para a criação de uma república. No processo movido pela Coroa Portuguesa, Rocha garante que deu o manuscrito a Tiradentes sem saber que seria usado para a revolta. Uma testemunha afirmou, porém, que Tiradentes não saía da casa do cartógrafo, em Ouro Preto. A Fundação João Pinheiro pretende lançar, em 96, mais dois relatos de viagem, escritos pelo inglês Charles Dent e pelo barão alemão von Eschwege, que estiveram no Brasil no século passado. Outros títulos Muitos estrangeiros viajaram pelo interior do país no século 19. Eles deixaram relatos, mas poucos brasileiros tiveram o interesse em saber o que foi escrito. Muitas obras nunca foram traduzidas para o português ou só podem ser encontradas em sebos. O mercado editorial brasileiro ainda não despertou para a edição dos livros históricos de viagem. Apenas a editora Itatiaia, de Belo Horizonte, tem publicado frequentemente as obras mais importantes de viajantes. Em seu catálogo, pode-se encontrar clássicos como "Viagem de Canoa de Sabará ao Oceano Atlântico", de Burton, "Viagem ao Interior do Brasil", de George Gardner, e "Viagem pelo Brasil", dos naturalistas Spix e Martius. (CHS) Texto Anterior: Inglês relata um Brasil desconhecido Próximo Texto: Bomba! Bomba! Entulharam o peixe! Índice |
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