São Paulo, quarta-feira, 20 de dezembro de 1995
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Policiais são acusados de agredir pai de paciente dentro do hospital

DA REPORTAGEM LOCAL

A direção do Hospital Brigadeiro acusa seis PMs de ter espancado o aposentado José Leandro de Souza na recepção do hospital. Souza sofreu traumatismo craniano e lesão neurológica.
O crime aconteceu no dia 4 de novembro, em São Paulo, mas até agora nenhum testemunha depôs no inquérito do 7º Batalhão da PM, que apura o caso. Souza não corre risco de vida.
Ele estava acompanhando seu filho Rogério Portela de Souza, que é hemofílico e estava internado no hospital havia quatro dias. No dia do espancamento, Souza teria saído para almoçar e retornado embriagado ao hospital.
Um recepcionista teria impedido Souza de visitar o filho, alegando que ele estava embriagado. Os dois teriam discutido, e o recepcionista, resolvido chamar a PM. Cerca de seis policiais chegaram ao hospital.
A denúncia do diretor-técnico do hospital, Giovanni di Sarno, à polícia diz que "ao que tudo indica, os PMs, chefiados pelo sargento Mauro, espancaram o senhor José, um homem inofensivo".
A denúncia afirma que os PMs bateram várias vezes a cabeça de José na parede, "sendo que essa agressão resultou na fratura craniana do paciente". O diretor arrolou o capelão, três enfermeiros e um médico como testemunhas.
"Tudo está sendo apurado em nosso inquérito. Requisitamos um laudo sobre as lesões da vítima e ouviremos seu depoimento e o das testemunhas", afirmou ontem o major Lúcio Ricardo de Oliveira, 46, chefe interino do 7º Batalhão.

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