São Paulo, quarta-feira, 20 de dezembro de 1995 |
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Animação faz Jobs dar a volta por cima Fundador da Apple vira bilionário da noite para o dia KEVIN MANEY
"Quando um sonho se torna realidade, é uma sensação surpreendente, disse Jobs, de seu escritório na NeXT Computer, em Redwood, Califórnia, com vista para a baía de San Francisco. Na década passada, Jobs era conhecido como o garoto que criou a Apple e foi chutado em 1985. Na última quinta-feira de novembro, Jobs nasceu outra vez. A outra empresa de Jobs, a NeXT, está sendo chamada de "a estrela do futuro". Enquanto isso, ele aproveita para passar mais tempo com a família -a mulher, Laurene, e três filhos. A história de Jobs é uma das voltas mais extraordinárias ao mundo dos negócios. "A história de Jobs realmente solidifica nossa opinião sobre ele, um homem visionário", diz Tim Bajarin, presidente do grupo de consultoria Creative Strategies. O respeito significa que várias pessoas estão escutando quando Jobs mostra sua gigantesca ambição. Na Apple, ele pensava que iria mudar o mundo. Agora, seus objetivos são os mesmos. "Nosso sonho para a Pixar é torná-la o segundo maior estúdio de animação de vídeo do mundo", disse Jobs. O primeiro -e único até agora- é o da Walt Disney, que acaba de lançar o filme "Toy Story". Como Jobs apontou, nenhum estúdio criou uma animação tão arrebatadora desde 1937, quando a Disney produziu o filme "Branca de Neve. Com "Toy Story", a tradição será quebrada. Jobs volta a brilhar dez anos após ter sofrido prejuízos de milhões de dólares. Jobs e seu amigo Steve Wozniak fundaram a Apple quando tinham 21 anos, há 19 anos, quando uma ação da Apple valia US$ 22. Na Apple, Jobs criou um dos produtos de maior importância tecnológica dos últimos tempos, o computador pessoal Macintosh. Em 1985, John Sculley, contratado por Jobs para dirigir a Apple, livrou-se de Jobs. As sementes de Jobs foram plantadas imediatamente após sua saída da Apple. Em 85, ele vendeu suas ações na bolsa por US$ 120 milhões e investiu US$ 12 milhões para criar a NeXT. A missão da empresa era criar um computador que fosse mudar o mundo. Na mesma época, Jobs foi a Richmond, na Califórnia, para visitar a Pixar, que pertencia ao diretor George Lucas. Tentou convencer o staff da Apple a comprar a Pixar, mas não houve interesse. Apesar das dívidas -Jobs teve que colocar mais US$ 50 milhões para salvar a saúde da empresa-, a Disney contratou a Pixar para ajudar a animar filmes. O software da Pixar, o "Caps", foi usado para animar os desenhos da Disney, de "The Rescuers" (1977) até "Pocahontas". Uma das estrelas da empresa, John Lasseter usou essas tecnologias para o curta "Tin Toy", que ganhou Oscar em 1991. Daí foi um pulo. A Disney sugeriu um filme com desenho animado. A empresa pagaria pelo desenvolvimento e se encarregaria de distribuí-lo. O negócio resultou em um contrato para três filmes. O primeiro é "Toy Story". A Pixar está trabalhando no segundo, intitulado "Bugs". Também desenvolve dois CDs sobre "Toy Story" e comerciais com a Coca-Cola. Texto Anterior: Computador e TV se encontram Próximo Texto: Multimídia e alta velocidade são destaques Índice |
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