São Paulo, quinta-feira, 21 de dezembro de 1995
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Custo pouco muda com IOF de 12%

Juro de consumidor continuará alto

GABRIEL J. DE CARVALHO
DA REDAÇÃO

A redução do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) de 15% para 12% ao ano nos empréstimos a pessoas físicas, recomendado ontem pelo Conselho Monetário Nacional), terá impacto pequeno sobre os juros finais, afirma o matemático financeiro José Dutra Vieira Sobrinho, consultor de empresas.
Ele calcula que num financiamento de seis meses, por exemplo, a juros de 8% ao mês, o custo efetivo ao consumidor cairá de 10,63% para 10,08%.
Num cheque especial em que o cliente ficou no "vermelho" durante um mês, a juro mensal de 12%, o custo será reduzido de 13,25% para 13% no período.
Dutra vinha defendendo a redução desse IOF de 15% para 3% ao ano. Aí, sim, os juros mensais na mesma faixa poderiam cair cerca de dois pontos percentuais só em função da mudança na alíquota.
O IOF custa mais do que 15% ou 12% ao ano para o consumidor, explica Dutra, porque é cobrado antecipadamente.
No caso de empresas, a redução de 3% para 1,5% ao ano também não terá impacto significativo, mesmo porque os juros em si são muito elevados. A queda do custo financeiro para as empresas, com IOF de 1,5% ao ano, deve ficar entre 0,13 e 0,15 ponto percentual na taxa mensal, dependendo do prazo.

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