São Paulo, sexta-feira, 22 de dezembro de 1995
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Malan diz que não é 'psicanalista' do BC

Segundo o ministro, a diretoria fica

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro da Fazenda, Pedro Malan, afirmou ontem que não é "divã de psicanalista" para resolver os incômodos que os diretores do BC (Banco Central) estariam sentindo com a crise da pasta cor-de-rosa.
Segundo ele, qualquer pessoa tem o direito de tomar qualquer ação quando sentir sua honra atacada. "Somos adultos. Seres humanos responsáveis são sempre livres para fazerem o que quiserem", afirmou.
Em seguida, ele acrescentou: "O apoio do ministro da Fazenda (aos diretores do BC) nunca faltou. Essa diretoria é minha diretoria quando estive lá". Malan ocupou o cargo de presidente do BC antes de assumir o Ministério da Fazenda.
O ministro negou qualquer demissão na instituição. "Mauch (Cláudio Mauch) não vai ser demitido. Nenhum diretor vai ser demitido. O presidente (Gustavo Loyola) não será demitido. Todos gozam da confiança do presidente e minha", afirmou.
Questionado se os diretores do BC estariam chateados por terem sido chamados de "marginais" pelo senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA), Malan disse que não faz "divagações psicológicas".
"Estão querendo transformar isso numa crise política. São documentos do passado e a legislação já foi alterada", afirmou o ministro. Se o sistema é inadequado, declarou Malan, o melhor é modificá-lo. Pela manhã, ele se reuniu com FHC.

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