São Paulo, sexta-feira, 22 de dezembro de 1995 |
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Venda do Econômico sai ainda este ano
DA REPORTAGEM LOCAL A venda do Banco Econômico, sob intervenção federal desde 11 de agosto, será completada até o final deste ano, disse ontem o presidente do Banco Central, Gustavo Loyola.O Excel Banco tem 80% de chances de fechar o negócio com o BC, afirmou Loyola a banqueiros internacionais reunidos ontem em almoço promovido pela ABBI (associação dos bancos estrangeiros). O presidente do BC reiterou que não serão usados recursos do Proer (programa de apoio às fusões bancárias) na compra do Econômico, apesar de o Excel Banco condicionar a compra à ajuda oficial. Perguntado se a decisão não poderia inviabilizaria o negócio, Loyola negou. O BC já colocou R$ 3,5 bilhões no banco baiano, por meio de empréstimos na linha de redesconto (auxílio à liquidez), o que justificaria sua recusa de injetar novos recursos, sob o Proer. O refinanciamento de parte dessa dívida (R$ 1,9 bilhão), a longo prazo e a juros camaradas, seria a contribuição federal à aquisição do banco pelo Excel. Loyola, que estava acompanhado do diretor de Assuntos Internacionais do BC, Gustavo Franco, mostrou tranquilidade aos cerca de 180 banqueiros e executivos de bancos convidados pela ABBI. A suposta demissão coletiva da diretoria do BC parecia assunto do passado. Arrocho Com relação ao desaperto ao crédito baixado na véspera, o presidente do BC disse que as medidas irão ajudar as pequenas e médias empresas a colocarem suas finanças em dia. O Conselho Monetário Nacional autorizou os bancos a renegociar os créditos em atraso das pequenas e médias empresas, usando para tanto recursos dos depósitos compulsórios dos bancos. A redução do IOF nos empréstimos às pessoas físicas deverão reduzir as taxas do crediário em 5% a 7% ao ano, previu. O IOF nessas operações irá cair de 15% para 12% ao ano. Loyola disse que não haverá recessão no primeiro trimestre de 1996, como temem os bancos. Segundo ele, a redução na atividade econômica no início do ano que vem será mais estatística do que real. "Haverá um problema estatístico no primeiro trimestre, pois o período correspondente em 1995 foi muito bom. Mas os números pobres, mostrando crescimento zero, não serão necessariamente ruins. O nível de atividade continuará bom", afirmou o presidente do Banco Central. Texto Anterior: Bancos rivais no varejo tornam-se sócios no BFB Próximo Texto: Decisão do BC é questionada Índice |
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