São Paulo, sexta-feira, 22 de dezembro de 1995 |
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Jornais receberam ameaças
DANIELA FALCÃO
O FBI (polícia federal dos EUA) enviou ontem equipe de investigadores para a Colômbia. Eles irão examinar os destroços do avião em busca de algum sinal de explosão causado por bomba. O porta-voz do FBI em Miami, Paul Miller, afirmou que tinha conhecimento do fax. Segundo Miller, apesar das ameaças recebidas pelos dois jornais, as chances de a queda do avião da American Airlines ter sido provocada por um atentado terrorista são pequenas. "Ainda é cedo para descartar alguma hipótese. Mas pelas informações preliminares que recebemos o avião caiu e só explodiu em seguida. E isso praticamente elimina a possibilidade de atentado a bomba", disse Miller. A FAA, que regula vôos nos EUA, e a Boeing, fabricante do 757, também enviaram equipes de investigadores ao local. Segundo a Boeing, foi o primeiro desastre com um 757 desde que começou a ser fabricado, em 1982. O Boeing-757/200 é o avião considerado mais seguro pela empresa. Ele tem capacidade para 239 passageiros e pode voar até 5.120 km sem parar. "O 757 tinha a ficha irrepreensível. Foi uma fatalidade", afirmou um porta-voz da Boeing. Segundo a American Airlines, as condições do tempo na hora do acidente eram boas. O presidente da empresa, Bob Crandall, afirmou que o Boeing-757/200 havia sido comprado em 1991 de primeira mão. Em janeiro, o avião havia feito manutenção completa. Em novembro, foi realizada nova inspeção e nenhum defeito foi constatado. Esse foi o acidente com companhias aéreas dos EUA que teve o maior número de vítimas desde a queda de um avião da Pan Am em dezembro de 1988, na Escócia. Texto Anterior: PIORES DO ANO Próximo Texto: Choque de trens mata pelo menos 75 no Egito Índice |
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