São Paulo, domingo, 24 de dezembro de 1995
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Notas

SÍLVIO LANCELLOTTI

Que me perdoem inúmeros colegas, inclusive o mestre Alberto Helena Jr. Para mim, porém, Giovanni não passou da miragem de 95. Um homem se prova em situação, no momento do problema ou da crise. Giovanni, infelizmente, não teve o estofo imprescindível para liderar ou conduzir o seu Santos até a vitória diante do Botafogo na decisão do Brasileiro. Sinto, mas o rapaz carece de centelha.

Foi admirável, no entanto, o trabalho de Pelé, de Samir Jorge Abdul Hak e do grande Corró, Clodoaldo Tavares Santana, no saneamento das finanças do Santos e na sua ressurreição como time de ponta no país. Tal esforço não pode se interromper por causa de um vice-campeonato. Com o Santos e a sua torcida de volta às decisões, o futebol do mundo gloriosamente se enriquece.

Por causa da inexorabilidade dos fechamentos, em vários periódicos que solicitaram os meus votos eu defini Giovanni como o craque de 95 -antes da final do Brasileiro. Hoje, eu me arrependo e me lastimo. O craque do ano foi mesmo Túlio, o matador dos matadores. No Botafogo ou na seleção, Túlio esteve no lugar preciso, no instante exatinho. Túlio me faz recordar Toninho Guerreiro.

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