São Paulo, domingo, 24 de dezembro de 1995 |
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Redes internacionais invadem o país em 96
NELSON ROCCO
Algumas dessas novas empresas já estão instaladas através de master-franquias e programam o início da expansão para o próximo ano. Outras, em fase de negociação entre o dono da marca no exterior e empresários brasileiros. Há também aquelas de olho na estabilização da economia e no potencial de consumo do país. A Foliage Design Systems, que faz e executa projetos de paisagismo e decoração de interiores, com plantas naturais e desidratadas, está "louca" para desembarcar. "A internacionalização do Brasil é irreversível", diz Marco Aurélio Militelli, 30, diretor da BMD Franchising Development Services. "Os donos da Foliage sabem disso e identificam o aumento do número de shopping centers, seu maior mercado." Paulo César Mauro, 45, diretor da PCM Franchising, afirma que com a liberalização do mercado brasileiro, o movimento de internacionalização da economia tende a crescer, o que favorece o ingresso de novas empresas de franquia. Para Roberto Cintra Leite, diretor da Cintra Leite & Associados, Brasil e Chile são as opções de expansão para empresas franqueadoras norte-americanas, que se vêm em um mercado saturado e diante da impossibilidade de investimento da Europa Central e nos países ex-comunistas. "Nós temos condições de absorver as franquias norte-americanas e fazer com que elas dêem certo", afirma. "O consumidor brasileiro é novidadeiro e está se tornando cada vez mais exigente." O setor de alimentação terá ao menos três novidades. As marcas que chegam são a Big Boy e a Chicken-F-A, no subsetor de fast food, e a Tony Roma's. As lojas Tony Roma's vendem refeições rápidas também, mas as instalações e o cardápio são mais sofisticados. Cada unidade exige cerca de US$ 750 mil de investimento, em uma área de cerca de 350 m2. A primeira unidade deve abrir no primeiro semestre de 96. Hotéis, salão de cabeleireiro e gráficas de conveniência estão entre as novas redes de franquia que chegam ao mercado em 1996. A Choice Hotéis Internacionais, dos EUA, está operando no país desde o início do ano. A rede tem três marcas: Sleep In, Quality e Clarion. Segundo Rafael Guaspari, 44, diretor da rede, os planos são abrir 50 hotéis em cinco anos. Guaspari diz que a primeira unidade da rede está em construção em Varginha (MG) e deve ser inaugurada no final de 96. A Totaline é outra empresa que já está em operação -tem seis unidades próprias. Para 96, diz José Romaris, 45, diretor, está programada a abertura de seis franquias até junho, podendo chegar a dez até o final do ano. A empresa pertence à Springer Carrier e vende peças e componentes para aparelhos de ar-condicionado. O setor de gráficas rápidas irá ganhar dois novos concorrentes. A Kwik Kopy Printing abriu uma unidade-piloto em setembro e programa para março abertura da primeira franquia em Curitiba. A expectativa do master-franqueador, César Augusto Mastrocinque, é chegar a cem unidades. A Insty-Prints, também na área de gráficas de conveniência, abre a loja-piloto em janeiro. Segundo Isabel Pestana, 28, master-franqueada, a meta é iniciar a expansão da rede depois de quatro ou cinco meses. Isabel diz que o investimento em uma loja, com cerca de 150 m2, é de US$ 250 mil, já incluída a taxa de franquia. A rede francesa de salões de cabeleireiro Mod's Hair, que já tem loja-piloto em São Paulo, prevê a abertura de uma unidade por mês a partir de março. Richard Marcelo Metairon, 55, dono da marca, afirma que o investimento em uma unidade é de R$ 800 por m2, mais a taxa de franquia de R$ 10 mil. A mexicana Mexel programa a instalação de 50 unidades da Diversões Moy, uma casa de diversões eletrônicas. O investimento em cada loja é de R$ 250 mil. Próximo Texto: Importar marca exige cuidados Índice |
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