São Paulo, segunda-feira, 25 de dezembro de 1995
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Congresso dá R$ 20 mi para déficit do IPC

LUCIO VAZ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Congresso Nacional aprovou, sem alarde no final do ano legislativo, projeto que destina R$ 20,4 milhões para cobrir déficit do fundo de pensão dos parlamentares.
Em meio aos R$ 8,1 bilhões de créditos adicionais aprovados pelo Congresso, foi embutido projeto que liberou, em 21 de novembro, dinheiro para cobrir a complementação de pensões do IPC (Instituto de Previdência dos Congressistas).
O instituto é deficitário e pode ser extinto pela emenda constitucional da reforma da Previdência. Os deputados e senadores com mais de 50 anos têm direito a aposentadoria proporcional após oito anos de mandato.
O dinheiro destinado ao IPC foi remanejado de outras áreas. O sistema de informática perdeu R$ 2,4 milhões e a administração de serviços legislativos teve um corte R$ 12,1 milhões.
O projeto que destina recursos ao IPC tem a seguinte especificação: "Proporcionar complementação de aposentadorias e pensões, contribuindo para a renovação da força de trabalho".
No dia 7 de dezembro, o Senado seguiu o exemplo da Câmara e aprovou projeto liberando mais R$ 2 milhões para o IPC. Foram garantidas as aposentadorias de ex-parlamentares e dependentes até o final deste ano.
No mesmo dia, a Câmara conseguiu mais R$ 979 mil para seu Fundo Rotativo. O dinheiro foi liberado com destinação genérica.
O Senado também obteve R$ 12,5 milhões para cobrir despesas de assistência médica e odontológica com servidores.
Os créditos adicionais são aprovados pela Comissão Mista de Orçamento e pelo plenário do Congresso. Parte deles foi aprovada no dia 19 deste mês pela Comissão Representativa do Congresso -a comissão formada por deputados e senadores com poder para decidir, no recesso, questões como a aprovação ou não dos créditos.
Ministérios
Na aprovação dos créditos adicionais, o Ministério das Comunicações recebeu R$ 2,6 bilhões.
A assessoria de comunicação do Planejamento informou que houve a suplementação porque o ministério teve seu orçamento totalmente vetado pelo Executivo no início do ano, porque parlamentares aprovaram emendas elevando de R$ 3 bilhões para R$ 4 bilhões o orçamento das Comunicações.
O Planejamento disse que o Ministério da Educação recebeu R$ 1,5 bilhão a pedido do ministro Paulo Renato Souza.
O Ministério do Planejamento recebeu R$ 1 bilhão em adicionais. É um volume grande porque, segundo a assessoria de imprensa, está administrando órgãos de dois ministérios extintos: Bem-Estar Social e Integração Regional.

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