São Paulo, segunda-feira, 25 de dezembro de 1995
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Multimídia é arma para convencer turistas

HEINAR MARACY
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Um dos maiores problemas de quem sai para viajar nas férias é saber para onde está indo.
Folhetos, prospectos e conversa de agente de turismo nunca dão ao turista a segurança de que o hotel em que ele vai se hospedar realmente vale as quatro ou cinco estrelas que tem.
Para tentar minimizar esse problema, algumas empresas estão recorrendo à multimídia como apoio para seus vendedores.
Com alguns cliques, o cliente pode obter todas as informações possíveis sobre os hotéis do lugar onde quer passar suas férias, ver fotos de suas dependências ou até assistir a pequenos filmes.
Segundo Álvaro Venegas, diretor da ENG, empresa produtora de multimídia que tem realizado alguns projetos para operadoras e agências de turismo, essa é uma tendência ainda incipiente.
"As empresas do setor ainda não perceberam o potencial da multimídia como ferramenta de venda. Ao colocar nas mãos do cliente uma variedade enorme de informações a respeito da viagem, ela diminui o tempo de venda de um pacote e aumenta o índice de satisfação do cliente, que pode optar com mais segurança por um determinado serviço", diz ele.
O custo de uma multimídia desse tipo, segundo Venegas, fica por volta de R$ 7.000, desde que a agência forneça o material básico: fotos, filmes e texto.
Para Eduardo Bittencourt, diretor da Cheque Turismo, o que realmente pesa no custo de uma produção de multimídia é a confecção de fotos e filmes sobre o pacote turístico. "Já chegamos a gastar R$ 2.500 na produção de uma única foto de um determinado lugar".
Segundo Bittencourt, a multimídia é uma ferramenta interessante, inclusive para chamar a atenção de possíveis clientes.
A Cheque já tem pronta uma multimídia sobre seu pacote de viagem Nova York-Canadá -e tem em produção outros três projetos com viagens pelos EUA. "O maior problema é conseguir fotos e filmes desses lugares".
Mesmo com esses problemas, as empresas que estão apostando na multimídia acreditam que essa é uma tendência irreversível. "Hoje, muitas agências não têm nem computador, quanto mais CD-ROM", diz Venegas; "mas, daqui a dois anos, a empresa que não puder mostrar a seus clientes, de forma interativa, o que eles podem esperar de uma viagem será mal vista por esses clientes".

ONDE SABER MAIS
ENG: tel. (011) 816-300

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