São Paulo, terça-feira, 26 de dezembro de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Davell Crawford volta para temporada

MARCELO DE SOUZA
DA REPORTAGEM LOCAL

Espetáculo: Davell Crawford
Estréia: amanhã
Horários: de terça a sábado, às 21h30; dia 31, à 0h30; até 20 de janeiro
Onde: Bourbon Street (r. dos Chanés, 127, Moema, tel. 011/542-1927)
Quanto: de R$ 15 a R$ 25 (temporada normal); R$ 120 (reveillon), incluindo buffet, champanhe e café da manhã.

O precoce pianista Davell Crawford, que aos 20 anos é tido como a revelação do rhythm & blues americano, volta ao Brasil para uma temporada de shows no Bourbon Street, em São Paulo.
Crawford se apresenta de amanhã a 20 de janeiro. Vai ser, a exemplo do ano passado, a atração principal da noite de reveillon da casa de espetáculos, batizada de "Uma Noite em New Orleans".
"Adoro o Brasil e tranquilamente poderia viver aí", disse Crawford, em entrevista à Folha por telefone, de Nova Orleans. "Prefiro o Brasil a qualquer país da Europa."
Tanto amor se deve em parte à recepção calorosa que Crawford sempre teve em suas apresentações no país. Seu último show em São Paulo virou um disco, "Davell Crawford Live at Bourbon Street", lançado só no Brasil.
A música de Crawford transita pelos territórios do blues, do jazz, do soul e do rock.
Herança não lhe falta. O pianista -que também toca vibrafone- é neto do cantor James "Sugar Boy" Crawford e sobrinho do vibrafonista Lionel Hampton.
"Além deles, minhas influências mais marcantes são Dionne Warwick e Ray Charles, que ouvia desde muito pequeno", diz.
Crawford afirma que nunca deu muito ouvido a pianistas e raramente põe o disco de um deles em seu CD player. "Pelo menos, não até que eu fique mais velho."
Crawford tocou piano pela primeira vez aos três anos. Aos 12, era o regente do coro da igreja de sua cidade natal, Lafayette -lugarejo com grande concentração de negros e de corais gospel.
Sua ligação com essa fase ainda é intensa. Sempre que pode, faz shows em igrejas de Nova Orleans: "Todos os meus amigos estão ligados ao gospel". Gosta também de rap e de algumas bandas de rock -como a irlandesa Cranberries e a japonesa Original Love.
Em São Paulo, Crawford diz que vai tocar "o de sempre". "Nem posso inventar de tocar coisas diferentes, porque o público brasileiro reclama sempre que quer ouvir as canções antigas." Fazem parte do repertório, entre outras, "Friends" -composta por ele aos 12 anos- e versões das clássicas "Oh, Happy Day", "Georgia On My Mind" e "I Got a Woman".

Texto Anterior: Morre criada negra de '...E o Vento Levou'
Próximo Texto: Antonio Adolfo relança selo Artezanal
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.