São Paulo, quarta-feira, 27 de dezembro de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Escrito nas estrelas

THALES DE MENEZES

Esta é a semana das previsões. Tudo será antecipado pelos oráculos de plantão. Longe de qualquer charlatanismo, esta coluna arrisca previsões tenísticas.
Dá para imaginar que os circuitos masculino e feminino terão temporadas bem distintas. Entre os homens, deve ser um ano de confirmações e poucas surpresas. Já as mulheres... ninguém sabe.
Pete Sampras começa o ano da mesma maneira que iniciou as últimas três temporadas: num nível muito superior aos demais jogadores. Apenas alguma contusão pode complicar sua vida.
André Agassi é uma incógnita. Parece que a ótima fase que teve entre o final de 94 e o início deste ano está indo embora.
Há vários tenistas em recuperação de contusões, como Michael Stich, Sergi Bruguera e Jim Courier, que vão desfalcar o Aberto da Austrália, primeiro dos quatro torneios do Grand Slam em janeiro.
Mas o público australiano terá a chance de ver dois tenistas que tentam alcançar em 1996 o grande ano de suas carreiras. São eles o russo Yevgeny Kafelnikov e o sueco Tomas Enqvist.
Kafelnikov, depois de dois vice-campeonatos consecutivos na Davis, tenta seu primeiro Slam. Já o sueco Enqvist precisa manter a regularidade que o levou aos "top ten" e tentar um título de maior expressão. Com Stefan Edberg se aposentando no final de 96, Enqvist ganha a condição de novo ídolo do tênis sueco.
No circuito feminino, uma grande interrogação. Steffi Graf desistiu do Aberto da Austrália e foi visitar o pai na prisão. Enquanto durar essa confusão com o Fisco alemão, qualquer previsão sobre sua carreira fica nebulosa.
Monica Seles é outro enigma. Depois de dois anos longe das quadras, voltou como um furacão ganhando logo de cara o primeiro torneio que disputou. No entanto, perdeu o duelo com graf na final do US Open. Parece que Seles perdeu muito de sua rapidez na quadra, o que deve obrigá-la a mudar suas táticas. As espanholas Arantxa Sanchez e Conchita Martinez devem continuar coadjuvantes de luxo, com um pouco mais de chance de vitórias nas quadras lentas. E a francesa Mary Pierce parece estar entrando nesse time.
A argentina Gabriela Sabatini deve ter outro ano típico: será a mais fotografada e a imprensa vai inventar mais alguns namorados para ela. Título, que é bom, nada! Para concluir, os tenistas brasileiros vão continuar sem apoio em 96. Que tal já se pensar em 97?

Texto Anterior: Corinthians necessita de um artilheiro
Próximo Texto: Notas
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.