São Paulo, quinta-feira, 28 de dezembro de 1995![]() |
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Sivam será definido em janeiro, diz ACM
MARTA SALOMON; SÔNIA MOSSRI
Um dos maiores críticos do contrato, ACM disse que ainda defende a anulação do acerto com a Raytheon, mas adiantou que a posição de muitos senadores contrários à sua aprovação poderá mudar até a data da votação do financiamento do projeto. "O clima no Senado estava muito ruim e eu mesmo não tive motivo para mudar de opinião, mas política é coisa que se modifica", disse ele, por telefone. À espera da decisão do Senado, o governo já prorrogou o contrato comercial com a Raytheon até 23 de janeiro. Depois dessa data, o contrato poderá ser renovado mais vezes por períodos de 30 dias. Assinado em 27 de maio, o contrato só terá validade quando o financiamento no valor de US$ 1,4 bilhão conseguir o aval dos senadores. Até agora, o presidente Fernando Henrique Cardoso avalia que a supercomissão não encontrou nenhuma irregularidade que justifique a suspensão do contrato com Raytheon e com o governo dos EUA, que financia a maior parcela do projeto, via Eximbank. Na semana passada, o ministro da Aeronáutica, Lélio Lôbo, informou ao Alto Comando a expectativa de FHC de que o governo consiga negociar com a supercomissão a manutenção do contrato. "O governo tem todo o direito de insistir com o contrato", afirmou ACM. Ele estima que o trabalho da supercomissão do Senado deverá estar concluído em 20 dias, contados a partir de 8 de janeiro, quando começa a convocação extraordinária do Congresso. O relator da supercomissão, senador Ramez Tebet (PMDB-MS), já prepara seu relatório durante o pequeno recesso parlamentar. ACM sustenta que a escolha da Raytheon, sem licitação, está comprometida pelo relacionamento que a firma norte-americana tinha com a Esca desde 1992, dois anos antes da escolha oficial da empresa responsável pelo Sivam. O governo alega que o acerto prévio entre as duas empresas não passava de uma carta de intenções, cancelada em 1993, e que as irregularidades da Esca foram sanadas depois que a empresa gerenciadora do projeto foi afastada. "Precisam me convencer", insiste ACM. A supercomissão aguarda ainda explicações do Ministério da Aeronáutica sobre o relatório do TCU, que mostra que a Esca pagou despesas de integrantes da comissão da Aeronáutica encarregada de escolher as empresas que participariam do projeto. Texto Anterior: Assessores se divertem em cidade vazia Próximo Texto: Governadores apóiam contrato Índice |
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