São Paulo, quinta-feira, 28 de dezembro de 1995 |
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Cine Belas Artes vive decadência
ANTONINA LEMOS
Há manchas de infiltrações nas paredes das salas, chicletes grudados nas cadeiras e carpetes descolados da parede -situação, por exemplo, da sala Villa Lobos, uma das seis do cinema. A programação também mudou. Nos anos 80, o cinema trazia principalmente produções européias, chamariz para cinéfilos. Hoje, estão em cartaz os filmes infantis "Babe - O Porquinho Atrapalhado" e "Meu Papai é Noel", os norte-americanos "007 Contra Goldneye", "As Pontes de Madison", "A Letra Escarlate" e "Para Wong Foo, Obrigada por Tudo!". Europeu, só "O Carteiro e o Poeta". O gerente do cinema, Joel de Souza, 41, não cita números, mas diz que o movimento vem caindo. Souza aponta duas causas: o Plano Real, que teria espantado espectadores, e a abertura do Espaço Banco Nacional de Cinema, na rua Augusta (região central). "Acredito que esse cinema esteja prejudicando o nosso movimento", diz. Segundo Souza, estão sendo feitas obras de melhoria no Belas Artes. "Começamos pela fachada, que já foi reformada." "O movimento, de uns cinco anos para cá, diminuiu muito", afirma o vendedor de amendoins Antônio Geraldo, 38, que há 15 anos arma sua barraca em frente ao Belas Artes. LEIA MAIS sobre o centenário do cinema na Ilustrada Texto Anterior: Passagens devem acabar hoje Próximo Texto: Ceia de réveillon custa até R$ 175 Índice |
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