São Paulo, quinta-feira, 28 de dezembro de 1995
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Falta de energia atinge 500 mil no Pará

ESTANISLAU MARIA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM

Cerca de 500 mil habitantes de cinco municípios paraenses terão de conviver com a falta de energia elétrica nos próximos 60 dias.
Uma carreta bateu em uma torre de alta tensão na noite do dia 24 e cortou a energia nos municípios de Marabá, Xinguara, Rio Maria, Redenção e Conceição do Araguaia, no sul do Estado.
Ontem, a Celpa (Centrais Elétricas do Pará) concluiu um trabalho de emergência e restabeleceu provisoriamente a energia elétrica.
A recuperação das torres será feita em etapas para que a população não fique sem energia durante um período muito longo, mas o fornecimento terá de ser interrompido, a cada etapa, de seis a oito horas, durante os próximos 60 dias. O cronograma dos períodos de corte ainda não foi divulgado.
No domingo, um motorista perdeu o controle da carreta que dirigia e bateu em uma torre em Marabá (500 km de Belém), na beira da PA-150 (que liga Belém ao sul do Estado). A torre caiu sobre outra, que caiu sobre uma terceira. Essa não caiu, mas foi danificada.
Foi interrompido o fornecimento de energia das linhas da usina hidrelétrica de Tucuruí e da subestação de Marabá. Além das torres, caíram dois postes de 19 metros.
Nos últimos dois dias, uma equipe de manutenção de 45 funcionários da Celpa trabalhou no local do acidente.
Segundo o gerente regional da Celpa, engenheiro Welton Lameira, a manutenção continuará a ser feita depois do Ano Novo. "Aí, teremos desligamentos programados. A população será avisada."
As cidades são todas alimentadas pela mesma linha de transmissão. Portanto todas terão a energia cortada simultaneamente.
Durante o blecaute, não havia energia nem nos hospitais, que atenderam a população precariamente e só fizeram cirurgias de urgência, informou o chefe de gabinete da Prefeitura de Marabá, Raimundo Gomes Filho.
Indústrias, siderúrgicas e serrarias ficaram paradas. As prefeituras ainda não totalizaram os prejuízos. A Celpa informou que pedirá na Justiça o pagamento dos danos provocados pela carreta, que pertence a uma madeireira do Maranhão. O motorista está desaparecido.

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